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11 Razões para Ter, Amar, e Presentear: Buscando A Boa Vida (Revisão de livro)

By on 02/06/2013 – 4:49 pm  No Comment
 

Bridget Grenville-Cleave, formada pelo MAPP da Universidade de East London, é consultora em psicologia positiva no RU, treinadora e escritora. Ela é autora de Introducing Positive Psychology: A Practical Guide (Introdução à Psicologia Positiva: Um Guia Prático), e The Happiness Equation (A Equação da Felicidade) com a Dra Ilona Boniwell. É facilitadora de programas de bem estar em escolas regularmente e de cursos em psicologia positiva e desenvolvimento pessoal e profissional. Encontre-a no Linkedln, Facebook and Tweeter @BridgetGC. Website. Bio completa. Os artigos dela estão aqui.



Nota do Editor: O Dia Do Memorial (feriado nacional na última segunda de Maio) nos Estados Unidos é oficialmente o dia de se lembrar daqueles que morreram enquanto serviam nas forças armadas. Mas para a maioria, esse é um tempo de se lembrar de todos aqueles que perdemos. Muitos de nós estaremos pensando em Chris Peterson, então essa é particularmente uma boa hora de fazermos uma revisão de seu último livro.

Chris Peterson “Diretor de Virtude”

Escolha qualquer capítulo do livro postumamente publicado por Chris Peterson, Pursuing the Good Life: 100 Reflections on Positive Psychology (Buscando a Boa Vida: 100 Reflexões sobre Psicologia Positiva) e você terá uma surpresa. Suas reflexões cobrem todo aspecto do que significa ser humano, e viver uma vida que vale a pena. Mesmo sexo, drogas e rock são brevemente mencionados, embora você não os encontre na lista do índice.

Este livro é de alguma maneira subestimado, o que reflete o estilo pessoal de Peterson. Apesar de seu status legendário como pioneiro da psicologia positiva (ex. como o co-criador do Inventário VIA de Forças de Caráter – juntamente com Martin Seligman), ele renunciou o status de deus do rock que outros em psicologia positiva parecem saborear. 

A capa é semelhantemente discreta. Ela não grita ‘psicologia positiva’ para você da prateleira. Para começar ela não é enfeitada com girassóis amarelos ou rostos sorridentes como tantos outros livros sobre felicidade. Como diz o velho ditado, não julgue esse livro por sua capa. É uma joia absoluta. Ele deveria ser leitura obrigatória para todo estudante de psicologia positiva. Esse livro merece ser um best seller.

Onze razões para ter, ler, e amar esse livro

11. Ele é compreensível. Esse livro é um compêndio fabuloso de insights concisos sobre a psicologia positiva. Ele abrange todos os suspeitos de costume, como propósito, emoções positivas, resiliência, relacionamentos, e outros tópicos diversos como ursinhos de pelúcia (Reflexão 54), gentileza (44), lágrimas (40), e o apelo sexual do bom caráter (29).

Se você é novato na psicologia positiva você não poderia encontrar livro melhor para instigar sua curiosidade e levar você a buscar novo conhecimento. Se você já é devoto da psicologia positiva (a menos que já leu todas as reflexões de Peterson em seu popular blog do Psychology Today, do qual esse livro surgiu) eu posso garantir que você encontrará algo novo, surpreendente e instigador do pensamento nesse livro.

10. Ele é organizado de forma brilhante. Isso significa que faz sentido ler do começo ao fim – há alguns links sensacionais relacionados a capítulos que você já leu e a capítulos que ainda

Chris gostava de mostrar fotos de bebês

lerá, para antecipar o desfrute. No entanto sua estrutura significa também que faz sentido mergulhar no livro, se esse for seu estilo preferido de leitura. Você não precisa ler de capa a capa; pode folhar o índice como eu fiz e aleatoriamente escolher um capítulo que chame sua atenção, ou simplesmente fechar seus olhos, abrir em uma página e ler onde cair. Seja qual for o método que você escolher para ler o livro, eu acho que funcionará.

9. Ele é sucinto. Nenhum dos capítulos têm mais de 4 ou 5 páginas, e eles são normalmente muito mais curtos e facilmente digeríveis. Isso significa que você provavelmente pode ler pelo menos alguns capítulos enquanto vai e volta do trabalho. Para mim essa é uma ótima maneira de gastar aquele tempo perdido, que você não está ocupando de outra maneira, ou desenvolvendo outra atividade de melhora do bem estar!

8. Ele é instigador do pensamento. Comecei a ler esse livro usando o método ‘mergulho’, começando pela reflexão 46, ‘Livros são importantes’. A brevidade do título me pegou. Talvez naquele dia alguma coisa sobre a educação do nosso filho mais novo estava na minha cabeça. Não me lembro bem. Mas fiquei presa desde o começo. É uma curta reflexão de apenas algumas páginas, sobre a essência de uma pesquisa feita em 2010 com 70,000 mil crianças de 27 países onde se descobriu que as crianças que crescem em uma casa com muitos livros (500 ou mais) permaneceram na escola 3 anos a mais do que as crianças de lares sem livros.

Antes que você comece a processar as objeções sobre educação dos pais, ocupação ou classe social, os achados do estudo foram independentes desses fatores. Agora, você tem que admitir que isso é algo incrível. Isso me faz pensar sobre o que a presença dos livros faz. Também me faz pensar se no futuro ter livros eletrônicos em um iPad terá o mesmo (ou talvez maior) impacto. Por uma questão de interesse, você sabe quantos livros você tem em sua casa?

7. Ele é fácil de ler.  A concisão de cada capítulo ajuda, mas é mais do que isso. Peterson era um mestre da palavra escrita, não apenas em seus artigos e textos de livros acadêmicos, mas também em seu blog Psychology Today, de onde essas reflexões surgiram. Ele sabia como escrever de forma envolvente. Cada capítulo do livro atrai o leitor como se fosse um conto. Você quer saber o que vai acontecer, como o trecho se relaciona à psicologia positiva e à busca de se viver a boa vida.

6. Ele é pessoal. Isso é mais de 300 páginas do Chris Peterson em seu melhor – divertido, realista, autêntico e inspirador. É como se ele estivesse conversando com a sua personalidade. O brilho em seus olhos irradia através do livro. Você tem um senso da pessoa que ele realmente era, que não apenas tinha uma mente brilhante e era um grande educador (ele ganhou o

Chris com a amiga e inspiração Nansook Park

prestigioso prêmio Golden Apple Award por excelência no ensino universitário em 2010), mas era um homem do povo. ‘Outras pessoas são importantes’ foi o jeito que ele resumiu a psicologia positiva, e isso também resume seu jeito de viver, amar a trabalhar. Ele colocava as outras pessoas em primeiro lugar. Ele fazia as outras pessoas se sentirem importantes. Sua atitude única de viver a boa vida se mostra muito presente em seu livro. Ele sabia o que funcionava para ele, o que fazia sua vida valer a pena, e uma grande parte disso (certamente o rosto público de Chris Peterson) foi compartilhar esses insights com outras pessoas.

5. Ele é original e cômico, não no sentido da gargalhada de um minuto, ou do jeito frenético dos comediantes stand up, mas de maneira sutil. Ele é o primeiro professor de psicologia positiva de que já ouvi a respeito que usou a frase ‘promiscuamente positivo’ (pg. 256) para descrever as pessoas que são conspicuamente, insinceramente, ou inapropriadamente alegres.

Mesmo a Parte 10 ‘Discussões’, na qual ele apresenta algumas críticas à psicologia positiva, é uma ótima leitura. Só a título de informação “Discussões” inclui e-mail, e pessoas que querem desafiar em vez de compartilhar a psicologia positiva. Eu dei gargalhadas ao ler Reflexões 76, intitulada “Você pode ser alegre demais?”, nas quais  a alego destaque está na alegria “apropriada” em vez da marca ‘conspícua’. “A psicologia positiva deve ser culpada pela alegria conspícua?” ele pergunta. “Talvez sim, talvez não”. Mas eu sei que um encontro de psicólogos positivos é bastante avassalador, com todos os abraços e intermináveis expressões de satisfação e sucesso. Pg. 256. Você talvez pense que esse é um estranho comentário feito por alguém que esteve no centro do mundo da psicologia positiva até seu falecimento inoportuno em outubro de 2012, que ainda é merecidamente venerado como um dos gigantes da área, mas a colocação faz sentido perfeito para mim. Eu não acho que ele foi desdenhoso de fato. Chris, você é um homem segundo o meu coração.

4. Ele é boa companhia. Pensei muito se esse era o adjetivo certo para descrever um livro e por fim decidi que era. Sim, esse livro é boa companhia. Poderá te fazer companhia, e você    desejará mantê-lo ao seu lado. Talvez porque foi originalmente um blog, e isso é o que os blogs fazem. Eles conversam com você. Talvez seja porque o meu foi um presente (obrigada Senia e Dan!). Acho que esse livro é uma ótima representação de amizade, e do lema de Peterson. “Outras pessoas são importantes.” Se outras pessoas são importantes para você, envie a eles esse livro.

3. Ele é inteligente. Sim, Peterson era professor, então você espera que esse livro seja inteligente, e ele é. Ele também é perspicaz, humilde, sério e engraçado (veja o ponto 7) ao mesmo tempo. Isso é perspicácia. Ele também consegue balancear ao apresentar uma perspectiva convincente sobre buscar a boa vida baseada em pesquisas recentes, e ao mesmo tempo deixa espaço para questionamento, discussão e debate. Isso é um tanto inteligente. Eu não sinto inveja com frequência, mas gostaria muito de ter sido uma de suas alunas.

Chris nos lembrava que gárgulas eram escupidos para os olhos de Deus

2. Ele é duradouro. Se a leitura termina com uma resolução ou não, um bom livro deve ser memorável. Com a ficção pode ser um personagem em particular, o próprio enredo, o desfecho que chama sua atenção e permanece com você muito depois que você lê a última página. Pursuing the Good Life, (Buscando a boa vida) para mim é a combinação única de sabedoria e humildade (veja o ponto 9).

Sim, há algumas dicas práticas de como alcançar, e o mais importante, de como sustentar a boa vida na Parte 11, apresentadas no estilo realista e peculiar, as marcas de Peterson. Mais do que isso, o que é deixado para mim é a impressão duradoura de que há algumas verdades universais aqui, as quais falam a todos e merecem uma grande audiência. Outra razão para você enviar esse livro a um amigo.

1. Ele é importante. Toda reflexão tem uma mensagem importante, e enquanto algumas falam mais a você do que outras, a mensagem principal parece ser para que você considere o que você está fazendo, e se isso contribui para a boa vida se não, mude.

Nenhum de nós é perfeito. O próprio Chris Peterson assumiu se atolar como todas as pessoas nas minúcias e complicações da vida (pg. 289). Às vezes, ele disse, passava muito tempo fazendo pequenas coisas que não são muito importantes. Não somos todos assim?

Ele insiste que mantenhamos o foco na visão do todo, conforme resumido na página 290: “Os dias são longos. A vida é curta. Viva bem a vida.” Ninguém poderia ter colocado isso melhor.

Referências
Peterson, C. (2013). Pursuing the Good Life: 100 Reflections on Positive Psychology. New York: Oxford University Press.

Créditos das fotos:

Fotos do Cris foram tiradas daquelas postadas nos comentários do artigo  You Mattered, Chris, publicado alguns dias após seu falecimento.
As demais foram via  Compfight Creative Commons licenses.
Christopher Peterson, Diretor de Virtue cortesia de Sulynn Choong
Bebê sorrindo, cortesia de Sergiu Bacioiu
Cris sorrindo cortesia de Debbie Swick
Chris e Nansook Park, cortesia de Shari Young Kuchenbecker
Esculpido para o olho de Deus, cortesia de Pierre Pouliquin

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